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Raio de bronze

  • Foto do escritor: Joana Bueno
    Joana Bueno
  • 5 de ago. de 2017
  • 2 min de leitura

Justin Gatlin reverencia Usain Bolt

O Mundial de Atletismo de Londres 2017 já está marcado por uma cena praticamente inimaginável: Usain Bolt se esforçando para terminar a final dos 100m rasos entre os primeiros colocados. Nos acostumamos a ver o jamaicano sobrando nas pistas. Quando ainda tinha apenas 21 anos, o velocista chegou a desacelerar e abrir os braços na reta final dos 100m em Pequim 2008. Nove anos depois, quase aos 31, Bolt conquistou a sua primeira medalha de bronze num Mundial - depois de 11 ouros e duas pratas. Não importa: ele será sempre lembrado por ser um dos maiores atletas de todos os tempos, e provavelmente o mais carismático.

Eu ainda tenho medo de que algum dia, daqui a 10 ou 20 anos, seja descoberto que Usain Bolt se dopava. Eu realmente acho que não é o caso, mas Bolt sempre foi tão superior a todos os seus concorrentes que às vezes é difícil acreditar que ele tenha conquistado todos os títulos e recordes apenas com o seu corpo. Neste sábado, vimos um Bolt mais humano, procurando seus concorrentes com o canto do olho e passando pela linha de chegada com a cabeça esticada à frente do corpo.

Com um físico esguio, o jamaicano revolucionou as provas de velocidade do atletismo, principalmente os 100m rasos. Na prova mais badalada do esporte olímpico por excelência, não importava como ele largava, nos 50m finais não tinha para mais ninguém. Neste sábado, Bolt largou mal mais uma vez, mas, ao contrário do vencedor Justin Gatlin, não conseguiu se recuperar. Cruzou a linha de chegada em terceiro e foi imediatamente parabenizar o norte-americano. Em seguida, atravessou o estádio inteiro quase duas vezes, tirando fotos com fãs na arquibancada. Quem ligou a TV atrasado e perdeu a prova provavelmente achou que o velocista estava comemorando mais um ouro.

Além da superioridade nas pistas, Usain Bolt foi campeão também de carisma. Com sua personalidade irreverente e suas marcas registradas - o raio, as caretas na apresentação dos corredores e as sapatilhas penduradas no pescoço, além de um enorme e permanente sorriso -, o velocista se tornou o ídolo que qualquer esporte gostaria de ter, ultrapassando fronteiras nacionais. Marcado por inúmeros casos de doping - inclusive do próprio Gatlin -, o atletismo de velocidade estava precisando de um "garoto-propaganda" assim.

A era Bolt no atletismo está quase no fim: ele não vai disputar os 200m rasos, mas ainda falta o revezamento 4x100m, cuja final acontece no próximo sábado, às 17h45. Sua herança, porém, dentro e fora das pistas, não será superada tão cedo.

Crédito: facebook IAAFworldchampionships

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Sobre a autora

Apaixonada por futebol desde 1981.

Entusiasta de quase todos os outros esportes.

Turista de estádios.

Combinando a bola no pé e os dedos no teclado em seu próprio espaço.

 

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